Sempre imaginei que um dia a maternidade chegaria para mim. Um dia. Cinco anos atrás, a possibilidade era remota. Muito, muito, mas muito mesmo distante da minha realidade. Claro que eu achava os bebês fofos, cuti-cuti da titia, mas na casa dos pais deles. Nem passava pela minha cabeça ter uma coisinha daquele tamanho dependendo de mim 24 horas por dia – e berrando na minha orelha! Longe de mim.
Anteontem, assistindo Marley & Eu pela décima vez (tá, tudo bem, gosto de filmes com cachorros, e daí?) me dei conta de que realmente alguma coisa mudou aqui dentro. Entre frases poéticas e sensíveis (ditas pelo Danilo, claro) como “afe, como chora essa criança!” e “se a gente tiver um cachorro assim eu mando sacrificar”, eu me vi pensando (e dizendo, o que é pior!) o seguinte: “Felicidade para mim é isso: filhos, um jardim e um cachorro”. Não pude ver o terror nos olhos do Danilo porque ele estava de costas, deitado no meu colo. Foi fofo até, me deu um beijinho. Mas no fundo deve ter pensado: “Senhor, minha mulher enlouqueceu!”
É, parece que o tal “grito dos hormônios” existe mesmo. Medo!!! É como se cada célula do meu corpo estivesse pulsando a maternidade. Cada vez mais tem sido difícil pra mim entregar as revistas Crescer que levo da editora para a minha irmã. Fico com elas “só mais um pouquinho”, afinal, conhecimento nunca é demais, não é mesmo? Fora que nenhum bebê passa despercebido por mim. Meus olhos captam a imagem e o “ai, que fofo” sai pela minha boca antes que eu consiga pensar. Bizarro. Até meu corpo mudou! Sério, meus quadris estão BEM mais largos, o que, segundo os mais velhos, é para ajudar na hora do parto normal...
Ah, só sei que ultimamente ando com a ideia fixa de ter um bebê e, racionalmente, sei que agora não é a hora. Falta grana, falta tempo, falta coragem. E fora isso tem um monte de outras coisas que me confundem a cabeça e me fazem perceber que ainda não é o momento. Preciso resolver um monte de outras questões dentro de mim antes de começar a tentar. E a primeira delas é se a canceriana protetora, família e maternal aqui vai conseguir voltar a trabalhar com um filho de 4 meses em casa.
Bom, pelo menos uma certeza eu tenho: quero muito ser mãe (já é alguma coisa, vá?). E vou ser, quando chegar a hora. Meus hormônios que se acalmem, porque desse mato, pelo menos por enquanto, não sai coelho.
Meus sinceros agradecimentos ao inventor da pílula anticoncepcional. Só ela salva!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tchuca, tenho certeza de que vc vai ser uma baita mãe pq vc sempre foi meio mãezona da galera! E não tenha medo, vai que é suuuuua!!!! Um conselho básico: nunca é a hora perfeita, sempre vai faltar grana e tempo, portanto, se for esperar por isso, vai ser mãe-vó, rs. te amo! beijoca
ResponderExcluirConcordo com a msg acima! rs
ResponderExcluirbeijos
A sua realidade hoje pode ser diferente... ams me lembro bem dessa frase, de quando ainda usavamos fraldas "quero ter filhos, jardim e um cachorro". O tempo passa, alguns sonhos nos acompanham... e ainda não sei bem se a gente escolhe a hora que essas coisas tem que chegar... elas simplesmente chegam.... oou não!
ResponderExcluirPois é, Mandy, eu sempre quis tudo isso, mas era um sonho distante, sabe? Não imaginei que a necessidade de concretizá-lo fosse chegar tão cedo...
ResponderExcluir