quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Até já já

Olá, meus queridos!
Há dois anos comecei este blog, quando estava morrendo de medo da chegada dos 30 anos e do que aconteceria com a minha vida dali pra frente. Estava cheia de sonhos não realizados ainda, angústias, vontades... e este espaço foi o jeito que encontrei de colocar para fora o que estava sentindo, uma espécie de terapia de grupo, porque vocês estavam aí, acompanhando tudo.
Mas a vida da gente muda e, agora, outras dúvidas, angústias e preocupações tomam conta desta rica cabecinha. Eu vou ser mãe! E quem acompanhou este blog sabe o quanto ter um filho é importante - e complexo - para mim. Por isso, deixo este espaço um pouquinho de lado para iniciar outro, sobre esta minha nova fase. O Diário de uma Balzaca continua no ar, e quem sabe um dia eu não volto a digitar por aqui? Por hora, no entanto, vocês me encontram no http://derepentemaes.wordpress.com/.
Muito obrigada por terem feito parte deste cantinho tão especial para mim. E encontro com vocês logo mais, no De repente, mães.
Beijos,
Dani.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Toda forma de amor

Sempre me encaixei perfeitamente no modelo imposto pela sociedade. Sou branca, estudei em escola particular, fui pra faculdade, namorei e casei com um homem e um dia pretendo ter filhos. Nunca fui discriminada, não sei o que é ser excluída. Mas por alguma razão, de todas as coisas que abomino na vida, o preconceito é a que mais mexe comigo. Apesar de ter crescido em uma família extremamente tradicional, italiana e, portanto, carregada de preconceitos e julgamentos, nunca entendi a razão pela qual um ser humano pode achar que é melhor do que o semelhante simplesmente por ter uma cor diferente, ser de outra raça ou religião. E, mais recentemente, tenho me incomodado bastante com a discriminação aos homossexuais. Talvez porque tenha amigos próximos que são gays, não sei. Mas a verdade é que não posso aceitar que o amor seja errado, seja qual for a sua forma. Todo amor é válido e bonito, e nunca vou aceitar que alguém me diga o contrário. No Dia Internacional do Orgulho Gay, posto aqui o meu desejo de que toda forma de amor seja motivo de orgulho todos os dias. O amor é lindo, e deve ser para todos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Resoluções para os 32

Amanhã é meu aniversário, ou seja, começa um ano novinho em folha. Então, nada mais justo do que fazer uma lista de objetivos para os meus 32. Não dizem que escrever ajuda a realizar? Não custa tentar, né verdade?

LISTA DE RESOLUÇÕES PARA OS 32

1- Pensar mais em mim do que nos outros. (Sim, eu sofro da síndrome de Tufão #oioioi)

2- Me perdoar pelos meus erros.

3- Esquecer mágoas passadas, porque elas realmente não movem moinhos, mas pesam pra caramba no meu coração.

4- Engravidar.

5- Voltar para o ballet.

6- Passar o Natal e o Ano Novo em Firenze.

7- Fazer uma previdência privada.

8- Fazer o armário do banheiro.

9- Encontrar um meio de perder o medo de ficar sem dinheiro.

10- Parar de achar que não dou conta do recado.

 Será que consigo?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rica de gente

Meu aniversário está chegando e é impossível não parar para refletir sobre a minha vida e sobre tudo que aconteceu no último ano. É aquele momento de rever o que passou, analisar mesmo, pra ver o que foi bom e o que precisa mudar. O último ano não foi fácil, mas as dificuldades nos mostram também coisas boas, como as amizades. Tem gente que tem muita grana, não precisa se preocupar com dinheiro. Tem gente que tem posição, cargo, poder, e vive bem feliz com isso. E eu tenho amigos, sou rica de gente. Tive a sorte de cruzar com pessoas incríveis em vários momentos da minha passagem por esse mundo e de conseguir cultivar amores puros e fraternais, que muitas pessoas não dedicam ou recebem nem mesmo dos irmãos de sangue. Estou cercada por gente querida, que me ama MESMO e que me estende a mão quando eu mais preciso. E nada me deixa mais feliz do que saber que sou capaz de amar tanto, e de despertar tanto amor, em tanta gente. Um amor tão grande e verdadeiro que só pode ser aflorado por laços de alma, de amizade real, de querer o bem do outro até mais do que o próprio. Eu conheço esse amor. É minha riqueza.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Em casa

Ando desiludida com São Paulo. Seu trânsito caótico, seus paulistanos individualistas e desvairados. Me irrita pegar o metrô lotado e ficar um tempão parada nas estações, devido a "falhas técnicas"; ou sacolejar em pé no ônibus, também lotado, cercada por gente mal educada que não conhece fone de ouvido e acha que todo mundo quer saber da última fofoca contada aos berros pelo celular. Ando com medo de sair à noite, de ser "arrastada" por bandidos no meu restaurante ou barzinho favorito. Ando pensando em me mudar... Mas bastou caminhar poucos minutos pela Avenida Paulista pra uma alegria sem tamanho tomar conta do meu coração. Olhei pela janela do busão e sorri. Estava em casa.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Acorda!

Acorda, porque o mundo não é cor de rosa com bolinha azul, as pessoas não se colocam no lugar do outro antes de agir, se esquecem que o direito delas termina onde começa o seu.
Acorda porque desse jeito sua vida será uma eterna decepção, e essa angústia que te consome o peito, aos poucos, vai consumir a sua alma.
Para de esperar dos outros as atitudes que você teria, deixa de ser ingênua, aceita que o mundo é torto, aprende a lidar. Não sofra por quem não merece. Aceita. E segue.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Homens e mulheres

Fiquei bem feliz ao ler a notícia de que as empresas terão de pagar multa caso os salários das mulheres sejam inferiores aos dos homens na mesma função. Demorou para perceberem que homens e mulheres são pessoas, independentemente do sexo, e devem ser remunerados da mesma forma, se executam o mesmo trabalho.
E daí eu fiquei aqui pensando nessa história dos direitos iguais, da pressão para que as mulheres sejam profissionais incríveis, boas mães, amantes, companheiras, donas de casa, magras e lindas... E a verdade é que não se pode ter tudo. É preciso escolher um caminho, priorizar. Cada vez mais minhas amigas com filhos têm optado por trabalhar em casa, como freelancers, para poderem passar mais tempo ao lado dos pequenos. E não há nada de errado nisso! Eu mesma não quero ter filhos para a minha mãe ou a minha sogra cuidar. Quero estar presente, ajudar com a lição, levar e buscar na escola. O trabalho, para mim, é um meio para viver bem, para ter dinheiro e, claro, satisfação também. Mas não vem em primeiro lugar mesmo! Minha vida pessoal é a minha prioridade e tenho de arcar com os prós e contras desta condição.
Mas e os homens? A gente fala tanto das exigências sobre as mulheres, mas será que os homens não gostariam de trabalhar menos e passar mais tempo com os filhos e a esposa, poder acompanhar os primeiros passinhos, as primeiras palavras? Por que a licença-paternidade dura só uma semana? Por que eles não são dispensados para buscar os filhos doentes na escola, para ficar com eles em casa quando estão com febre, para sair num horário decente, que permita ajudar com a lição de casa ou simplesmente curtir a companhia dos filhos? Sobre os homens também há um fardo pesado, com o qual não deve ser fácil de lidar.
Acho que muita coisa precisa mudar em relação às leis trabalhistas e ao modo como as empresas enxergam os funcionários. E isso independe da igualdade ou diferença entre os sexos. Estamos falando de pessoas, ponto. O trabalho é importante, sim, mas não é tudo. Viver para a carreira é uma opção - e legítima! - mas não é para todos. E isso deveria ser respeitado, sem discriminação. Quem sabe um dia, né?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um poema

EU LEVO SEU CORAÇÃO COMIGO
(E.E. Cummings)

eu levo seu coração comigo (eu o levo no
meu coração) eu nunca estou sem ele (onde quer
que eu vá você irá, meu querido; e o que é feito
só por mim é seu feito, meu amado)
não temo o destino (pois você é meu destino, meu encanto)
não quero o mundo (pela beleza de você ser meu mundo, minha verdade)
e você é tudo o que a lua sempre representou
e tudo que o sol irá louvar será você

eis o maior segredo que ninguém conhece
(eis a raiz da raiz, o broto do broto
e o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce além do que a alma sonharia ou a mente poderia esconder)
e este é o milagre que mantém as estrelas afastadas

eu levo seu coração (eu o levo no meu coração)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sempre quella quarantotto

As pessoas não mudam, são como são. Aceita isso, Daniele, pelamordedeus!!!