sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Uma história de Carnaval

Opa, o Carnaval tá aí de novo, minha gente! Meu último Carnaval antes dos 30! E como recordar é viver – e a correria me impede de escrever algo novo sobre o feriado que me trouxe a maior alegria da minha vida – vou dar uma de cara de pau e republicar um texto que escrevi no ano passado no meu blog de casamento. Quem não leu, vai ler agora. E quem já leu? Ah, quem já leu vai ler de novo, oras! A história é boa, prometo.

A cantada furada que rendeu...
Nem todos vocês conhecem a célebre cantada furada que quase arruinou nosso relacionamento antes mesmo de ele começar. O cenário já não era muito favorável: vodca, cerveja, Carnaval, vodca, cerveja, amigos de infância e adolescência por todos os lados, mais vodca e mais cerveja...
Ok, ok, nada disso é desculpa. Afinal, eu estava 100% sóbria quando resolvi paquerar o moreno de olhos verdes (é, talvez não estivesse tão sóbria assim. Jurava que ele tinha olhos verdes!) gatinho que eu nunca tinha visto e que, Deus é Pai!, não era meu amigo nos tempos em que eu tinha a cara cheia de espinhas e andava por aí desfilando meu corpinho esguio no melhor estilo nadadora (nada de frente, nada de costas).
Enfim, já tinha balançado o esqueleto na primeira noite de folia e nem o álcool foi capaz de embelezar aquele povo de Capitólio (cidade mineira a mais ou menos sete horas de São Paulo). Parecia que tinham aberto as portas do inferno! Quanta gente feia, meu Pai!
Tudo isso para legitimar a minha ousadia de paquerar o moço que eu achei o mais bonito da casa e que, por sorte, estava solteiro! Tá, tá, sei que sou meio sem noção mesmo e que nada justifica os foras consecutivos que eu dei. Mas e daí? Era Carnaval, minha gente!
E eu já estava prestes a aceitar o destino de quatro dias de solidão quando a Marian, que me conhece desde muito pequerrucha, me mostrou o “Nego” na piscina. Disse que ele poderia ser uma alternativa para alegrar o meu feriado. Fingi que não tinha me interessado muito, mas por dentro pensei: “Opa, ainda há uma esperança!”
Resolvi investir. No dia seguinte, fui à cozinha para tomar café e ele estava lá, sozinho, comendo um sanduíche. Quer dizer, a Nath estava lá também, cozinhando. Achei que ela nem fosse notar a minha presença e agarrei a minha chance. Ataquei: “Oiiiii, você eu não conheço!” Era a crônica de uma morte anunciada. Isso é jeito de começar uma conversa? Ele só levantou os olhos, como quem diz: “Grande coisa”. E continuou comendo. Mas vocês pensam que eu me intimidei? “Qual o seu nome?”, perguntei. “Danilo”, ele respondeu, sem esboçar nem um sorrisinho. E daí eu mandei o golpe fatal (contra mim mesma, claro!): “Nossa, a gente é xará!”. E ele, nada simpático: “Por que, seu nome é Danila?”. “Não... é Daniele”, respondi, já meio borocoxô. “Então, você não é minha xará!”. E acabou o assunto. Curto e grosso. Eu, claro, não sabia onde enfiar a minha cara de pau.
Fiquei puta, lógico. Tudo bem que o xaveco foi horrível, mas não precisava falar comigo daquele jeito. Jurei que nunca mais ia ficar com aquele mal-educado, nem que ele ajoelhasse e implorasse meu perdão. Mas, vocês sabem, era Carnaval, tinha vodca, cerveja...
Mais tarde, naquele mesmo dia, ele chegou todo simpático, trazendo o violão. Sentou ao meu lado numa muretinha e começou a tocar. Ah, eu me derreti toda, né? Além de lindo, ele tocava violão! Alguns segundos depois eu nem lembrava mais da desfeita da hora do café.
O resto todo mundo já sabe. A gente ficou naquela noite e não nos separamos mais. Não lembro exatamente quando, mas naquele feriado mesmo perguntei a ele por que tinha sido tão grosseiro. Ele negou a grosseria, claro (nega até hoje, mas a Nath estava lá de prova!), e disse que achou que eu tinha namorado... Acuma? E o namorado seria o Marquinhos!!! Como assim, cara-pálida?
Foi aí que caiu a ficha. Pra quem não conhece, o Marquinhos (cujo apelido de infância não vou divulgar aqui, para preservar a minha integridade física) é meu amigo desde a 4a série. É como se fosse meu irmão (pentelho igual, inclusive). Bom, nós dois estávamos solteiros naquele Carnaval e levamos colchões infláveis de casal para dormir na casa, porque eram os únicos que nós tínhamos. Só que tinha uns 30 negos numa casa de dois quartos e os colchões não couberam. Apenas um, de casal. Como somos superamigos, dormimos no mesmo colchão, o que ninguém achou estranho. Só o Danilo, porque não nos conhecia.
Quando eu joguei todo o meu charme pra cima dele, o Dan ficou puto, lógico. Achou que eu estava dando em cima dele com o meu namorado ali do lado, na piscina. Depois, à tarde, alguém falou pra ele de mim na sauna e só aí descobriu que eu não namorava. Valeu, Cadu! Você suspeitou desde o princípio, né? E você, Marquinhos, por culpa sua quase que eu não caso!!! rsrsrs

Nossa, já faz quatro anos. Nem vi o tempo passar...

2 comentários:

  1. Dani, aqui é a Rê, amiga da Ly. Acabei de cair no seu blog e adorei a sua história de carnaval. Aliás, a Ly me disse que vc se casou, parabéns!

    Eu também tenho um blog há algum tempo, mas é de culinária e afins. Passa lá.

    Bjão.

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  2. Que legal te ver por aqui, Rê! Espero que esteja gostando do blog.
    Eu casei, sim. Obrigada pelos parabéns.
    Qual é o seu blog? Me dá o endereço que eu passo lá com certeza!
    Beijocas,

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