quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Simples assim
Um dia, na escola, ela me jogou uma carteira. No outro, a bola. Ela era goleira, eu tentava fazer gol, e errava. Eu pensava em planos infalíveis, ela os colocava em prática. Eu fugia do amor, ela se jogava. Ela era nervosa, eu chorava. Eu tirava boas notas, ela levava advertência. Eu enchia a cara de vodca Roskof, ela tomava vodca boa, com energético, e a gente dançava. Vários passinhos. E cantava. Ela gostava de números, eu das palavras. Ela era curta e grossa e eu, eu não falava nada. Ela era minha companheira de aventuras. E vice-versa. Sacudimos a escola, o bairro, a cidade. Agora ela mora longe, eu continuo aqui. Eu estou casada, ela na balada. Eu quero uma casa com jardim, ela quer o mundo. Eu gosto dela e ela gosta de mim. Simples assim.
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