quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os 30

Adoro fazer aniversário e fico ansiosa para receber os parabéns e os abraços (adoro ganhar abraço!) dos amigos queridos. Mas ontem à noite me bateu um friozinho na barriga diferente. Certeza que foi por causa dos 30 anos. Eu sei que isso é uma besteira, que nada muda efetivamente, blá blá blá. Mas fiquei com medinho, ué! E daí? Me apressei mesmo para dormir antes da meia-noite. Vai que dá um revertério e eu me transformo em sei lá o quê? Melhor aproveitar o sono dos justos.
Mas hoje de manhã acordei e vi que nada mudou. Tá bom, tá bom, eu corri para me olhar no espelho logo que levantei. Só uma espiadinha, pra confirmar que estava tudo em seu devido lugar. Ufa! Sem novidades. Depois, dei uma geral no corpitcho antes de entrar no banho e sabe o quê? Ainda tá tudo em cima, viu? Ganhei uns quilinhos nos últimos meses, mas no geral até que estou ok. Vi de novo os meus fios brancos (sei que reclamar deles está ficando repetitivo, mas continuo sem coragem de usar tinta...) e até fiquei aliviada. Aparentemente, eles são os únicos sinais visíveis de que saí dos 20 e poucos. Até as espinhas continuam dando as caras por aqui! Sinal de que ainda tenho hormônios adolescentes. Ou não... rs
Ou seja, no fim das contas, nada mudou realmente de ontem pra hoje. Acho que a mudança de verdade começa agora. Segundo a Vera Ligia, que trabalha comigo aqui na redação, “os 30 até os 40 são os melhores anos da vida de qualquer mulher. A carreira deslancha, os filhos chegam, o sexo fica muito melhor e estamos muito mais maduras para não sofrer por qualquer coisa, como nos 20 e poucos anos”. Então, se é assim, bora comemorar, né? Parabéns para mim, nessa data querida. 30 anos... a vida passa mesmo voando.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As minhas copas

Ontem estava lendo um dos meus blogs favoritos, o Mulher 7x7, e me deparei com um texto delicioso da Martha Mendonça, intitulado “As copas da minha vida”. Achei bacana a ideia de entrelaçar a história das copas com a história pessoal dela e comecei relembrar as minhas copas. Foram 7 até agora. Esta é a oitava.
Em 1982 eu tinha apenas 2 anos, ou seja, não me lembro de nada.
Na de 86 já tinha 6, mas a única coisa de que me lembro é que meu primo casou em dia de jogo da seleção e meu pai e meu irmão, na época com 14 anos, ficaram fulos da vida, porque meus pais eram padrinhos, eu era daminha, e a gente não podia se atrasar.
Em 90 eu já era maiorzinha, mas sabe que não tenho grandes recordações? Nem lembro da escalação, pra falar a verdade. Vergonha, né?
Na de 94 eu estava na oitava série, jogava futebol no time da escola e o Palmeiras estava super em alta com aquele timaço da Parmalat. Ou seja, eu estava ligadíssima na copa. Eu e minhas amigas do colégio queríamos ver a final com os meninos do terceiro colegial e comemorar com eles o tetra na Paulista. Mas nossos pais não acharam a ideia boa e acabamos vendo o jogo na minha casa e comemorando por lá mesmo...rs
A copa de 1998 marcou a minha vida. Nessa época eu era louca por futebol, tanto que levei o bolão da copa na faculdade de jornalismo, onde entrei porque queria ser repórter de campo. Já estava tudo definido na minha cabeça, mas a copa mudou o rumo das coisas. Aquela história da convulsão do Ronaldo, somada à apatia do time na final, os fatos desencontrados, tudo aquilo me fez perder o gosto pelo futebol e, mais ainda, desconfiar da seriedade da copa do mundo, da Fifa e da CBF. Meio radical, eu sei, mas naquela época desisti total de torcer.
Na de 2002 eu tinha voltado a acompanhar todos os jogos do Palmeiras e a torcer pelo verdão, mais para provocar meu namorado na época, que era corintiano, do que por amor ao futebol. Acho que nunca me recuperei totalmente da desilusão de 1998... Os jogos foram de madrugada, então, acho que não os assisti com amigos, essas coisas. Mas lembro que a final foi divertida, reunimos uma galera e vibramos com a penta. Todo mundo encheu a cara, foi aquela alegria.
2006 foi, com certeza, um ano determinante na minha vida pessoal e profissional. Foi nesse ano que conheci, me apaixonei e comecei a namorar com o Danilo (que graças a Deus é santista, meu segundo time do coração!) e comecei a trabalhar na Abril, que era o meu objetivo profissional na época. Entre o começo de namoro e o emprego novo, copa do mundo. E a lembrança que ficou na minha memória dessa copa foi o feriado de Corpus Christi que passei com o Dan em Penedo. Assistimos a vários jogos juntos, claro, mas não sei por que não consigo me lembrar de nenhum...rsrsrs
E ontem o Brasil estreou na copa de 2010. Assisti ao primeiro jogo da seleção casada, na sala da minha primeira casa própria (financiada em 30 anos, mas quem se importa?). Nem me decepcionei com o resultado de 2x1 contra a Coréia do Norte, porque não esperava mais que isso dessa seleçãozinha mequetrefe do Dunga. Mas quando o jogo acabou, fiquei pensando que essa copa de 2010 é a copa dos meus 30 anos. A copa em que deixo para trás o treino tático desses 29 anos e entro em campo para disputar pra valer os jogos da vida adulta. Se o Brasil vai passar para a próxima fase eu não sei. Mas a minha estreia com o pé direito no time das balzacas já está marcada para o dia 23/06. Que seja uma goleada!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mico sobre rodas

São Paulo fica uma delícia no feriado, né? Cidade vazia, sem trânsito, Ibira deserto... Então, eu e o Dan resolvemos tirar os patins do armário e nos aventurar na marquise do parque. No caminho, ficamos lembrando de quando passávamos tardes inteiras patinando na Bad Wolf e de como éramos habilidosos sobre as quatro rodinhas. Ah, tá!
Os sinais do tempo começaram a aparecer logo na hora de vestir os patins. Os meus estavam intactos, já os do Danilo, afe! Colocou uma fivela e “plac”, quebrou. Apertou outra, e “plac”, de novo! Os patins foram se desintegrando e, no fim das contas, não sobrou uma fivela pra contar história. Eu já queria desistir, achei que era um sinal de que um dos dois (ou os dois!) ia se estropiar na primeira patinada. Mas o Dan não se intimidou: tirou o cadarço do tênis e amarrou os patins do jeito que deu. Lá fomos nós...
Eu até que andei direitinho, viu? Continuo com o mesmo problema de não saber brecar, mas fora isso até que fui bem. O Dan teve mais dificuldade (além das travas quebradas, as rodinhas dele estão por um fio) mas no fim pegou o jeito e deu até uns rodopios bacanets. Andamos pra lá, pra cá, maior categoria! Quando olho, tá lá o Danilo sentado no chão, descansando. Daí a pouco aparece um casal com uma filhinha de uns 9 anos. Fui lá xeretar. Os caras queriam saber se era fácil andar de patins com a nossa idade. NOSSA IDADE? Como assim? Eles já estavam bem é perto dos 40 e foram pedir conselho pra gente? Depressão, vá?
Como se não bastasse, tinha uns caras de uns 20 e pouquinhos patinando superbem e o Dan resolveu perguntar onde poderia mandar arrumar os patins dele. A resposta? “Ah, tio, melhor comprar um novo. Esse seu não tem jeito, não, é muito velho...” A gente se olhou e nos demos conta de que o tempo realmente passou para nós dois. Apesar de acharmos que somos bastante jovens e que não aparentamos os 30 anos que estão para chegar, estamos mais velhos, sim, e as pessoas percebem isso. Mas sabe o quê? Eu acho o máximo estarmos chegando aos 30 com alma adolescente, com vontade de andar de patins no parque, de fazer palhaçada, de nos divertir com brincadeiras bestas, de tomar chocolate quente nos dias frios, como aqueles que as nossas mães faziam quando ainda éramos crianças. Estamos maduros pra encarar as buchas da vida adulta, mas conservamos o espírito jovem, quase infantil, para aproveitar o que ela tem de melhor: a diversão. As dores no corpo no dia seguinte, as fisgadas nas nossas hérnias de disco e nos meus bicos-de-papagaio são meros detalhes...rsrsrs
Ah! Prometo que na nossa próxima aventura sobre rodas vou tirar fotos e postar aqui. Ou melhor, vou fazer um video! Porque aposto que tem gente aí que não está acreditando nas nossas habilidades de patinadores profissionais. Esperem e verão!